Ouvir histórias é transportar-se para um mundo que transita entre a ficção e a realidade. E o que acontece quando, além da contação, somam-se à atividade a música e um cenário encantador? Essa rica experiência é vivenciada semanalmente pelos alunos da Educação Infantil que permanecem na escola em período integral, com o intuito de fortalecer vínculos sociais, educativos e afetivos.

Mais do que apenas contar histórias, a funcionária Jaqueline da Silva Fernandes, formada em Pedagogia, prepara um espaço que interaja com o enredo escolhido. A ideia é instigar as crianças para que elas também possam intervir na história, estimulando a aprendizagem e desenvolvendo a imaginação. "O cenário é um coadjuvante na contação, serve para ambientar. O foco mesmo é a história e as intervenções que as crianças fazem", explica ela.

Jaqueline lança mão de coloridos figurinos e objetos para atrair a atenção do pequenos. A saia de chita e a bicicleta, por exemplo, já são marca registrada do momento da contação, assim como as canções "mágicas" de abertura e encerramento da atividade.

Para a coordenadora do Período Integral, Marcelly Menezes Aide, a arte de contar e recontar histórias amplia o universo literário, desperta o interesse pela leitura e estimula a imaginação por meio da construção de imagens interiores. "Ouvir uma história será sempre um exercício de renovação da vida, um encontro com a possibilidade, com o imaginário e o desafio de, em todo tempo e em todas as circunstâncias, construir uma opinião sobre o que se ouve ou lê, aguçando o senso crítico."

Livros

Entre as histórias que já foram contadas para os liceístas, destacam-se "A árvore generosa", de Shel Silverstein; "A casa sonolenta", de Audrey Wood; "Um tanto perdida", de Chris Haughton; "É um livro", de Lane Smith; "A primavera da lagarta", de Ruth Rocha; entre outros."