Eletiva “Som e Fúria” traz contextos sociais por meio da música


Dentre as diferentes formas de expressão, a música tem em seu escopo a proximidade com um grande público e a possibilidade do registro histórico de uma época. Pode ser entendida como um instrumento de crítica às injustiças sociais que reverbera por gerações, tornando-se uma ferramenta política que questiona, enfrenta e dá voz a quem precisa.

A eletiva “Som e Fúria”, ministrada pela professora Cláudia Heloísa Cunha Andria para estudantes do 1º e do 2º ano do Ensino Médio, acontece semanalmente de forma on-line e traz um panorama da música nacional em seus diferentes estilos: do rock, reggae, funk e rap ao samba, MPB e axé.

“Eu tenho um plano bem flexível, vou percebendo o gosto deles ao longo da nossa trajetória e trago o conteúdo. Já falamos de rap em uma aula que acabou despertando o interesse pelo rock, por exemplo, que foi tema da aula seguinte e será dividido por décadas. E assim a turma vai guiando os estudos”, explica a professora.

Interdisciplinaridade

Com aulas dinâmicas, os estudantes têm a oportunidade de conhecer as canções e o contexto histórico que as inspiraram, ouvi-las (e cantar junto, se quiserem), observar a linguagem utilizada na letra, na melodia, as metáforas, as silepses (quando a concordância das palavras se faz pelo significado e não pelas categorias gramaticais). E ainda participar de games sobre o conteúdo apresentado.

A atividade gera um rico espaço de debate sobre as circunstâncias históricas e sociais que inspiraram as músicas, reunindo conteúdos de Filosofia, Sociologia, História e Língua Portuguesa.