Projeto Crescer e Transformar-se reúne alunos do 5º e do 9º ano


O projeto Crescer e Transformar-se é desenvolvido com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental desde 2015. Ele tem o intuito de prepará-los para a nova etapa de estudos no 6º ano, trabalhando com eles dúvidas, ansiedades e temores. Entre as atividades, está a produção de uma carta escrita para si mesmo e que será aberta quatro anos depois.

E essa data chegou. A turma que deu início ao projeto – hoje no 9º ano – foi a primeira a abrir a “caixa do tempo”, reviver aquela época em que tinham 10 ou 11 anos e reler seus próprios escritos. Como as professoras dos menores estavam presentes para fechar a caixa do 5º ano, houve um lindo reencontro delas com os seus ex-alunos do Fundamental 1. As famílias foram convidadas para assistir a essa última etapa do projeto, confraternizando o final do ano letivo.

Nova rotina

A passagem dos alunos do 5º para o Ensino Fundamental 2 pode trazer apreensão nas crianças. Como são os professores, quantas disciplinas fazem parte do currículo, como é a nova rotina de estudos são algumas das questões que elas levantam com a proximidade do término do Fundamental 1.

Elaborado pela psicóloga Flávia Gonzalez e pelo coordenador de Pastoral Sérgio Nogueira Júnior, com a participação da orientadora Rita de Cássia Erra, o projeto Crescer e Transformar-se é inspirado no livro Lin e o outro lado do bambuzal, de Lúcia Hiratsuka.

No enredo, Lin é um filhote de raposa que vive na floresta e quer descobrir o que existe do outro lado de um bambuzal. Mas, para atravessá-lo, ele precisa dominar os segredos da misteriosa arte de se transformar, já conhecida pelas raposas adultas, para só então enfrentar os perigos da vida. Em seu desejo de conhecer o mundo, Lin faz amizade com um broto de bambu baixinho que sonha em crescer para enxergar as coisas bem do alto. Ele também fica amigo de Yumi, uma menina cega que deseja saber como é a vida na floresta.

Após a leitura da história, da apropriação dos personagens e sua transcendência, os alunos participam de atividades para desmistificar o desconhecido. Entre elas, conversar com alunos, professores e coordenadora pedagógica do 6º ano.

Caixa do tempo

Esse processo de transformação, tal qual aquele vivenciado pelos personagens da história, culmina com a produção de uma carta escrita para si mesmo e que só será lida novamente quando eles estiverem no 9º ano. A ideia é que os alunos tenham a percepção de seu amadurecimento físico e emocional.

Todos os envelopes com as cartas, fotos e outras produções são acondicionados em uma caixa e lacrada pelas atuais professoras do 5º ano. Essa “caixa do tempo” fica guardada na escola e volta a ser aberta como parte de um projeto na disciplina de Ensino Religioso.