Psicóloga conversa com equipes sobre inclusão


A psicóloga Flávia Gonzalez está realizando uma série de encontros de formação com professores, funcionários e estagiários de diferentes setores da escola sobre inclusão. Tema de relevância pessoal e profissional, o autismo foi escolhido para a explanação.

O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento infantil, caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e interação social em múltiplos contextos, assim como padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. O distúrbio, que costuma ser identificado na infância, antes de a criança completar 3 anos, é dividido em três níveis: Leve, Moderado ou Grave.

A partir do último Manual de Saúde Mental – DSM-V, que é um guia de classificação diagnóstica, todos os distúrbios do autismo, incluindo a Síndrome de Asperger, juntaram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista – TEA.

De acordo com especialistas, o reconhecimento precoce, bem como as terapias comportamentais, educacionais e familiares podem reduzir os sintomas e oferecer um pilar de apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem.

Interação

No Liceu Santista, a psicóloga Flávia produziu alguns materiais que auxiliam as crianças no desenvolvimento de suas habilidades por meio de interações prazerosas e que estimulam a atividade sensorial, como massinhas coloridas, garrafas com água, luvas com textura, jogos entre outros.

“Conviver, tolerar, respeitar são desafios de toda a humanidade e quando falamos de inclusão os desafios não são diferentes. Por isso, é tão importante dialogar e viver a inclusão de forma assertiva e clara. Desta forma, acreditamos que todos os setores da escola precisam estar envolvidos, estudando e compreendendo a inclusão e, assim, estamos viabilizando momentos de diálogo e conscientização com a equipe, professores, funcionários e estagiários da escola”, explica a profissional.

Ela reitera que é fundamental que todos conheçam e respeitem as necessidades dos alunos com autismo. “É importante mostrar, por exemplo, que uma criança ou jovem com autismo processa as informações que passamos de forma diferente, ou que pode se mostrar sensível ao barulho ou mesmo ao toque e abraços e que, por conta disso, precisamos adaptar a rotina deles.”