7º ano EF conhece os desafios das pessoas com deficiência visual


Se uma pessoa cega ou com baixa visão solicitar a sua ajuda para a travessar a rua, por exemplo, você é capaz de auxiliá-la? Após participarem do encontro com o professor Gilmar Ribeiro, do Lar das Moças Cegas, a resposta dos alunos do 7º ano do Ensino Fundamental será “sim”. A atividade integra o estudo sobre inclusão, realizado na disciplina de Ensino Religioso, e que será apresentado no Multirreferências da Ciência e da Arte em outubro.

Acompanhado pela pedagoga Cláudia dos Santos, também do Lar das Moças Cegas, Gilmar demonstrou, com o auxílio de alunos voluntários, algumas posturas que o acompanhante que vai ajudar o deficiente visual deve seguir. O primeiro lembrete é, sempre com muito respeito, avisar a pessoa a cada ação que for realizada.

Para exemplificar algumas situações, alguns estudantes subiram ao palco e foram vendados para que vivenciarem a atividade da forma mais próxima possível. Foi assim que, utilizando a bengala do próprio professor Gilmar, os liceístas experimentaram como é movimentarem-se sem a visão.

Outros alunos também tiveram a oportunidade de vivenciar como é guiar uma pessoa cega e ser guiado por alguém. As duplas transitaram pelo auditório e puderam perceber a importância da confiança no outro e o respeito mantido entre ambos. Também conheceram uma bola de golbol, que possui guizos para que os atletas cegos e/ou de baixa visão possam ouvi-la durante o jogo.

Como ajudar

Ao entrar em um local onde há uma pessoa cega, cumprimente-a em voz alta e diga seu nome para que ela saiba quem você é. Se a pessoa oferecer um aperto de mão, devolva o cumprimento.

Pergunte se ela gostaria de ajuda. Se a resposta for “sim”, pergunte o que ela gostaria que você fizesse e faça apenas o que ela lhe pedir e nada mais. É comum que pessoas bem intencionadas acabem “tomando conta” e, ao invés de ajudar a pessoa cega, acabem ferindo os sentimentos dela. Se a resposta for “não”, não insista.

Não mova os móveis sem avisar a pessoa cega, pois ela memoriza onde está a mobília em sua casa, salas de aula, escritório e demais lugares onde vai com frequência. Além de deixá-la confusa, mover a mobília pode causar acidentes. Se precisar mudar alguma coisa de lugar, diga para a pessoa como está a nova disposição dos móveis.

Não deixe obstáculos no caminho da pessoa cega, como coisas empilhadas no chão ou peças penduradas (a bengala apenas a auxilia da cintura para baixo). Mantenha as portas fechadas.